O verdadeiro poder jornalístico

9 Janeiro, 2015

Em Portugal e não só, muito pela enorme influência da escola jornalística anglo-saxónica, o jornalismo passou a ser sinónimo apenas de tragédia, de más notícias, quase esquecendo a maioria dos responsáveis mediáticos que uma notícia não é boa ou má, é notícia e que o público, ao contrário do que se advoga, não quer só sangue e sexo.

Claro que existem correntes de jornalismo distintas e, acima de tudo, pessoas que vão além da banalidade noticiosa que percorre a maioria dos media.

Este é um excelente exemplo disso, ou como a pivô Gloria Campos conseguiu transformar a vida de Ke’onte, um menino que conheceu há alguns anos e que achou merecedor de reportagem no sentido de lhe facultar um lar. A primeira tentativa não resultou e Ke’onte acabou em casas onde foi drogado e afins, mas Gloria não desistiu e voltou a fazer uma peça com o menino, esperando que à segunda ele tivesse a fortuna que merecia… e teve-a. Agora, aos 14 anos, tem um lar onde é feliz, um casal que o adoptou verdadeiramente como filho, faz escalada, é aluno exemplar e surpreendeu a própria Gloria enquanto esta abordava o seu caso de sucesso.

Isto também é jornalismo e jornalismo social, de causas, bem mais relevante e importante que muito pseudo-jornalismo que se vê e faz por aí.