O meu encontro com a outra mulher

18 Agosto, 2017

Há algum tempo atrás eu saí com outra mulher, mas na verdade a ideia foi da minha esposa. “Sabes que a amas”, disse-me ela, um dia, repentinamente. “A vida é curta, deverias dedicar mais tempo a ela”. “Mas eu amo-te”, respondi.

“Sei disso, mas amas ela também”, disse ela.

Essa outra mulher que a minha esposa queria que eu visitasse era a minha mãe.

Ela ficou viúva há alguns anos e, por causa do trabalho e família, eu não a via com muita frequência.

Liguei para a minha mãe naquela noite e convidei-a para ir ao cinema e jantar.

– “Aconteceu alguma coisa? Há algum problema?”, perguntou ela.

Entendam que a minha mãe pertence à geração para quem qualquer ligação depois das sete da noite significava más notícias…

Queria só convidar-te para ir ao cinema e jantar. Só nós dois. Que tal?

Depois de uns segundos, ela disse apenas: “Eu gostaria, sim…”

No dia seguinte, à noite, fui buscá-la casa. Era uma sexta-feira e eu tive uma sensação que há muito tempo não sentia – o tipo de nervosismo que sentimos antes de um primeiro encontro.

Quando cheguei lá, vi que a minha mãe também estava empolgada e nervosa.

Ela estava à minha espera em frente de casa, usando o seu lindo casaco, com os cabelos bem penteados e com o vestido que usou no seu último aniversário de casamento.

Ela estava radiante, com um lindo sorriso.

– “Eu falei para as minhas amigas que tinha um encontro com meu filho hoje à noite e elas ficaram muito contentes por mim!”, disse ela ao entrar no carro.

O restaurante escolhido não era o mais chique, mas o pessoal era super simpático.

A minha mãe segurou meu braço e parecia a Primeira Dama! Depois de nos acomodarmos, ela me pediu que lesse o menu (“Os Meus olhos já não são o que eram”, disse ela). Enquanto eu lia o cardápio, olhei para ela e vi que me olhava com uma expressão nostálgica.

– “Quando eras criança, era eu quem lia o menu.”

Passamos momentos óptimos, em agradável conversa, simplesmente falando sobre como estavam indo as nossas vidas e nos esquecemos do tempo.

– “Eu aceito outro convite teu, mas só se me deixares pagar da próxima vez!”, ela disse.

Quando eu a deixei em casa, lamentei de verdade despedir-me dela. Dei-lhe um abraço e um beijo, e disse-lhe o quanto eu a amava. Ao chegar a casa, mais tarde, a minha esposa perguntou como havia sido o encontro.

“Foi maravilhoso, obrigada pela sugestão!”

Olhei para a minha esposa e acrescentai, “muito melhor do que eu poderia imaginar.”

Alguns dias mais tarde, a minha mãe faleceu de um ataque cardíaco. Foi muito rápido e não houve nada que pudesse ser feito. Pouco tempo depois, recebi uma carta do restaurante onde nós jantamos, que dizia o seguinte:
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– “Tenho a certeza de que não estarei aqui para um próximo encontro. Entretanto, tu e a tu esposa podem ter óptimos momentos juntos aqui como nós os tivemos. O teu próximo jantar com a tua esposa já está pago e eu apenas quero que saibas o quanto aquele encontro significou para mim.

Com amor,

Mãe”

Naquele instante, entendi o quanto é importante que as pessoas que amamos saibam que as amamos, e que lhes dedicamos o nosso tempo. Não sabemos por quanto tempo as teremos por perto das nossas vidas. Nada é mais importante do que a família!

Se ainda tens a tua mãe, valoriza-a!

Se ela já partiu, recorda-a.

De qualquer forma, envia este texto para outras pessoas, lembrando-as da importância das suas mães.

Podes simplesmente lembrar os teus amigos de ligarem para as suas mães, pois tempo é algo que jamais volta atrás.

Autoria desconhecida.