(Última atualização em 14 Dezembro, 2016)
Apesar das preparações para a construção da arena amovível, onde no domingo iria ocorrer a terceira corrida de touros de que Viana do Castelo esta foi impedida pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga (TAFB) de ser construída por considerar haver “violação” de vários regimes de ordenamento do território.
A instalação desta arena, com capacidade para 3200 pessoas, arrancou durante a manhã desta quinta-feira em terrenos privados da freguesia de Darque, junto à antiga empresa de pescas de Viana, alugados pelo movimento “Vianenses pela Liberdade” para o efeito.
Segundo o grupo de aficionados que organiza o espectáculo tauromáquico nesta zona conhecida localmente como Seca do Bacalhau.
A Câmara Municipal de Viana do Castelo adiantou que a decisão do TAFB foi comunicado esta tarde e deu razão aos argumentos invocados pelo município aquando do indeferimento para o licenciamento da estrutura.
No âmbito daquela acção judicial a “Câmara Municipal exerceu o direito de contraditório, relativamente à pretensão” daquele grupo de aficionados, “tendo o TAFB decidido validar a justificação da autarquia”.
“Desta forma o espectáculo previsto fica prejudicado por decisão das entidades judiciais”, lê-se na nota da autarquia.
O movimento local foi criado em 2009, depois de a câmara de então ter aprovado, por proposta da maioria socialista, uma declaração afirmando Viana como “anti-touradas”, a primeira do país. Foi pedido aos manifestantes que enverguem roupa preta.
O objectivo, explicou, é “simbolizar pesar pelo facto de se realizar mais uma tourada naquela que foi declarada a primeira cidade antitouradas em Portugal”.