Foram três anos de espera para o historiador romeno Vasile Lupasc até que conseguisse fotocópias do texto original, bem mais extenso que a versão já tornada pública anteriormente.
Vlad Tepes foi um príncipe romeno do século XV, conhecido no Ocidente como Drácula ou Vlad Dracul, famoso por empalar as suas vítimas, foi visitado por um emissário papal, na altura Pio II, o bispo Niccolò de Modrussa, a fim de investigar a sua prisão por Matei Corvin.
O relatório produzido ultrapassa as 200 páginas e encontra-se neste momento a ser traduzido de latim medieval para romeno e trará a público pormenores sobre a relação de Vlad Drácula com Estêvão III, seu primo e príncipe moldavo conhecido por Stefan cel Mare, os costumes e rituais na região romena, costumes e crenças da altura.
Este é um dos poucos documentos presentes sobre a vida romena na época medieval, adianta Lupasc.
Existem, como sempre, alguns opositores no universo historiador romeno, assegurando que não virá nada de novo face ao que Serban Papacostea havia traduzido em 1966, mas Vasile Lupasc mantém-se determinado em avançar com cautela a analisar ao detalhe todo o conteúdo, pois segue convicto de que somente uma parte deste precioso manuscrito, um dos milhares escondidos nas bibliotecas secretas do Vaticano, foi anteriormente publicada.
Aquilo que já leu diz-lhe que a forma como foi difundida a imagem de Vlad, o Empalador, no Ocidente difere do que escreveu o bispo que com ele falou, que escreveu sobre um homem corajoso, bravo, militar astuto e não apenas um assassino de mulheres e crianças, como reza a lenda.
