Para se ganhar fé na bondade humana

21 Janeiro, 2015

As experiências sociais têm crescido neste século. Enquanto uns continuam nos seus gabinetes a promover estudos ‘teóricos’ cuja aplicabilidade é sempre questionável, outros há – sem necessidade de bolsas e confirmações universitárias – que vão para a rua e testam realmente as respostas das pessoas em situações reais.

Toda esta cena foi ensaiada, com um actor contratado para provocar a ira e tentar compreender até que ponto seria imitado por outros. Neste restaurante, a família de Andrew, um jovem autista, pôde perceber que a maioria das pessoas sente empatia com a situação, é compreensiva.

O efeito da ideia anglo-saxónica de notícia, quase sempre em prisma negativo, cria uma ideia e percepção de malvadez na humanidade. Basta observar o fenómeno do islamismo. Quem conhece pessoas islâmicas sabe o quão calorosas são, sempre dispostas a acolher um estranho, a oferecer-lhe um prato de comida, nada a ver com os extremismos que parecem caracterizar os muçulmanos, quando se vêem as notícias.

A situação foi realizada em horas diferentes e com pessoas distintas a fazerem a sua refeição. A cada tentativa de criar um ambiente negativo em torno de Andrew e da sua família, o actor viu-se a braços com fortes respostas das outras pessoas que ali estavam a fazer a refeição, ‘convidando-o’ a sair e tolerando o comportamento do jovem autista.

Nem tudo é mau, a realidade mediática é que filtra bem mais o negativo, tomando o positivo como banalidade não merecedora de realce.