Os alimentos permitidos e os “ proibidos” que damos aos nossos animais de estimação!

26 Fevereiro, 2017

Você dá os restos ao seu cão ou gato? E os ossos? E será que lhe pode dar um pouco da fruta que esta a comer? E daquele bolo de chocolate que está na mesa?

Estas são algumas das perguntas que os donos de animais devem fazer! Pois, muitos fecham os olhos a evidências e mimam os seus amigos de quatro patas com alimentos que podem ser altamente penosos para a saúde e até mesmo fatais.

Dar os restos é um dos hábitos mais comuns entre as famílias portuguesas, mas “sem dúvida, não é de todo a melhor opção. Estamos a falar de restos, de algo que nem nós próprios estamos a comer e que, nutricionalmente falando, não estamos a dar um alimento completo. E até alguns donos dão os ossinhos, aos gatos não, mas aos seus cães sim, o que provoca grandes problemas de saúde, nomeadamente perfurações do intestino. Há quem faça isso e não é de todo recomendado”.

Rita Silva, médica veterinária especialista em nutrição animal, explica ao Lifestye ao Minuto que os donos devem ter muito cuidado com as escolhas alimentares dos seus bichos. Ir ao talho comprar carne fresca e cozinhá-la em casa até pode parecer uma boa opção, mas também não é. “Qual o problema disto? Por um lado, é verdade que muitas vezes o dono tem esta atitude porque na ideia dele está a ver o que está a dar e tem uma relação muito próxima com o que está a escolher. Mas, como é que conseguimos realmente garantir que estamos a dar a fórmula mais equilibrada para este gato e para este cão em particular? Por exemplo, o cão come mesmo do que o gato? Não. Tem as mesmas necessidades? Também não. Os cães são todos iguais, as raças têm todas as mesmas caraterísticas? Por exemplo, um labrador tem tendência para engordar, mas um boxer tem mais sensibilidade cardíaca. É esterilizado? Os ingredientes vão ser na mesma proporção? O tem tem alguma alergia alimentar? Há tantas caraterísticas possíveis e tantas diferenças entre o animal em fase de crescimento e um animal em fase geriátrica”, explica, salientando a importância dos donos procurarem ajuda junto dos médicos veterinário.

No que toca aos mimos, aqueles que muitos donos são como forma de afeto, as escolhas devem ser feitas com muito cuidado.
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Como explica a especialista, “alguns alimentos são mesmo proibidos. O chocolate é um exemplo. Quando chega as épocas festivas, Páscoa e Natal, temos sempre chocolate em casa e às vezes, não querendo fazer por mal, querem dar um mimo ao cão e ao gato, mas o chocolate é extremamente tóxico, provoca alterações graves neurológicas, vómitos, pode mesmo matar o animal. Claro que temos que falar em tolerância, cada caso é um caso e um cão ou gato pode ter um nível tolerância diferente, mas o dono não sabe. É como nos medicamentos, que faz pior a uma pessoa do que a outra, é intolerância individual”, destaca.

Os alimentos “à base de cebola também não podemos dar”, já “a banana dá-se de vez em quando, porque é algo que em termos de calorias e nutricionais não faz muito mal”.

A uvas “devem ser dadas com algum cuidado, porque em excesso também podem provocar alterações. Por seu turno, “o abacate também é algo que não é muito prejudicial, mas que em grandes quantidades pode ser”.

Para Rita Silva, os alimentos “mais graves e até contra-indicados são o chocolate, chá preto, café, cebola”, contudo, tudo depende de animal para animal, sendo, por isso, importante o aconselhamento personalizado.

Além disso, é também importante alertar as crianças para os riscos que a alimentação dos humanos tem na saúde dos animais, uma vez que são os mais novos aqueles que tendem a partilhar mais a sua própria comida com o amigo de quatro patas.