O caso viral da menina deficiente a quem os pais escolheram travar o crescimento!

31 Outubro, 2015

A página da revista VISÃO lançou esta notícia no dia 28/10/2015:

“A família de uma menina neozelandesa de 10 anos com deficiência profunda recorreu a um radical e controverso tratamento conhecido como “atenuação do crescimento” para melhorar a sua qualidade de vida

A história de Charley Hooper foi revelada esta semana pela agência Associated Press e tornou-se rapidamente viral: Os pais, Jenn e Mark Hooper, decidiram travar o seu crescimento, recorrendo a um tratamento hormonal, e optaram por uma intervenção cirúrgica para remoção do útero, de forma a poupar a filha às dores menstruais.

O casal neozelandês faz parte do pequeno mas crescente número de famílias que recorrem ao polémico método para melhorar a qualidade de vida das crianças com deficiências graves.

A técnica é criticada por muitas vozes, que condenam tanto a limitação do tamanho como a esterilização dos menores como «violação dos direitos humanos».

«A ideia por detrás da atenuação do crescimento é a de manter alguém pequeno para conveniência dos que a rodeiam», considera, por exemplo, Margaret Nygren CEO da Associação Americana para as Deficiências Intelectuais e de Desenvolvimento. «Quereria que este tipo de tratamento lhe fosse aplicado sem o seu consentimento ou conhecimento? Se a resposta é não, então porque haveria alguém de querer fazâ-lo a outra pessoa?”, questiona.

Jen Hooper não podia concordar menos: «Não queremos que ela viva para sempre. Quem quer esta vida para sempre? Por isso damos-lhe a melhor vida que conseguimos enquanto a temos».

Charley não fala e não anda, não controla os membros e não vê, distinguindo apenas a luz da escuridão. O seu cérebro ficou irreversivelmente danificado durante o nascimento, por falta de oxigénio, e ainda sofre de uma forma grave de epilepsia. Os pais tentam interpretar a forma como se sente através do tom dos gemidos e da expressão facial.

À medida que a filha crescia, Jenn e Mark Hooper começaram a temer que a menina ficasse demasiado grande para poder ser transportada ao colo e que acabasse por ficar presa a uma cama durante toda a vida. A ideia de suspender o seu crescimento começou por ser impedida por um conselho ético neozelandês, mas acabou por ter luz verde e a família viajou para a Coreia do Sul para começar o tratamento hormonal.

Agora com 10 anos, Charley tem cerca de 1,30 e pesa 25 quilos e assim permanecerá. Acompanha a família para todo o lado, desde uma ida às compras às férias na Indonésia. À Associated Press, os pais sublinham que podem consolá-la, pegando-lhe ao colo, e transportá-la.”