Os mercados ou feiras de Natal são cada vez mais comuns nas baixas, nos centros históricos das cidades. Seja para revitalizar o comércio local e tradicional, para criar um maior espírito natalício, quase totalmente desvirtuado pela frieza dos enormes centros comerciais, o número de urbes a aderirem a esta ‘moda’ cresce e, se bem pensados, melhor desenhados e superiormente construídos e desenvolvidos, o sucesso é grande.
Naturalmente, uns brilham mais do que outros e estas fotografias dão um pequeno ar do porquê.
Bolzano é a capital ‘germânica’ de Itália, situada nos Alpes, em pleno SudTirol ou Alto Adige, onde a língua-mãe continua a ser o alemão. Já por várias vezes foi considerada pelos italianos como a cidade transalpina com melhor qualidade de vida.
Situada na Alsácia francesa, Colmar é mais uma cidade com ligações germânicas, tendo feito parte do império alemão e fruto de disputa secular entre franceses e alemães, notando-se na sua arquitectura a forte influência teutónica. Colmar é também a capital do vinho alsaciano, imaginando-se por isso que o seu mercado natalício seja bem regado.
Outra localidade do Sud Tirol/Alto Adige, Trento possui uma das melhores universidades de Itália e, tal como Bolzano, está no topo das cidades com melhor qualidade de vida no país.
Do outro lado da fronteira Innsbruck, capital do Tirol austríaco, plena de monumentos magníficos e com a sua feira de Natal a ser um dos grandes eventos anuais da cidade.
Para que se perceba a influência germânica nesta tradição, deixamos mais uma urbe bem perto da fronteira alemã, Estrasburgo, capital da Alsácia e com a língua alemã ainda bastante presente. A sua feira natalícia é sublime!
Se as festas das flores são famosas no Báltico, o mercado de Natal de Tallinn, capital da Estónia, também o é, sob o signo da neve, cheio de barraquinhas a fazer lembrar as casas dos duendes no Pólo Norte.
A feira de Bratislava é conhecida pelos seus eventos ao vivo, muito animada, com concertos e outras actuações de nota na cidade antiga.
O mercado de Salzburgo, na Áustria, é enorme, quase se ajustando à imensidão dos castelos na zona velha da cidade.
Se para os habitantes de Wroclaw Portugal é sinónimo de gémeos Paixão, que vão fazendo as delícias aos silésios marcando golos em catadupa pelo Slask, a sua feira natalícia devia ser conhecida pelos portugueses também. Aconchegante e animada, também surge naturalmente da influência germânica.
Em Brugge, na Bélgica, o mercado também é maravilhoso, iluminado e cheio de chocolates!
Porque Viena não vale apenas pela música clássica, pelo Danúbio, pelos fantásticos monumentos, é outra feira que merece destaque.
Terceira escolha italiana, terceira localidade do Sud Tirol/Alto Adige, Merano é famosa por ser a escolha residencial de nomes como Lagerfeld ou Kafka, mas o seu mercado de Natal quase faz sombra às conhecidas termas locais.
Dresden também maravilha
ROBERT MICHAEL/AFP/Getty Images
Poderíamos continuar e explorar todas as cidades germânicas, que quase competem entre si pela mais bela, maravilhosa, marcante, diferente, visitada feira da Natal, mas estas bastam para se compreender o seu valor!