Conheça Kevin Richardson, o homem que “vive” com leões

17 Fevereiro, 2015

(Última atualização em 30 Março, 2018)

O sul-africano Kevin Richardson, de 40 anos, é uma espécie de lenda no mundo da vida selvagem. Se Cook, Darwin, Attenborough deixaram uma marca no mundo pelas suas pioneiras façanhas, pela forma distinta como abordaram e deram conta da vida selvagem.

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Algo que marcou historicamente os documentários de vida selvagem foi o afastamento dos humanos, o total evitar de intervir, funcionando como mero ‘espelho’ de habitats, de interacções entre animais, entre caçador e presa, mesmo quando se começaram a perceber as quantidades de espécies que caminhavam para a extinção.

Nesta última década, no século XXI, contudo, surgem os novos documentários de vida selvagem, surgem – ou dão-se a conhecer – pessoas como Kevin, que dedicam toda uma vida aos animais não como elementos neutros, observadores distantes, mas como intervenientes directos, interagindo com aqueles que os fazem felizes, mas cientes de todos os riscos e dispostos a corrê-los.

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A gestão e divulgação destas imagens tem o propósito de alimentar os animais, de assegurar retorno na sua protecção e mostrar aquilo que os ‘especialistas’ durante décadas contrariaram, aquilo que em biologia se ensinou erradamente, há estruturas sociais e interacções sociais como na sociedade humana, há pensamento, existem laços entre os seres vivos.

Mais do que outros documentalistas de vida selvagem, Kevin – e outros – são agentes de protecção da vida selvagem, são divulgadores das relações, neste caso, de leões, de hienas, de leopardos, num elo estabelecido durante mais de uma década. Kevin criou ele próprio um santuário para animais que não podem estar ‘livres’, que foram utilizados no cinema ou televisão, no circo, que sofreram revezes infantis que os impedem de sobreviver em liberdade e este santuário é um belo local para os ter e com eles interagir.