Cientistas inventam um procedimento que pode ajudar na deteção precoce de doenças como o cancro, e custa apenas um cêntimo!

8 Fevereiro, 2017

Um conjunto de investigadores dos EUA criaram um “chip” eletrónico que pode ser usado como um laboratório de diagnóstico em miniatura pelo preço de apenas um cêntimo, usando uma impressora de jato de tinta vulgar.

O estudo dos cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Stanford, na Califórnia, foi publicado hoje na revista da Academia Nacional das Ciências norte-americana.

O “laboratório num ‘chip'” pode permitir diagnósticos médicos mais rápidos e mais baratos, beneficiando sobretudo países em desenvolvimento, onde poderão ser descobertos precocemente casos de cancro, malária, tuberculose ou VIH, cuja mortalidade é superior do que em países desenvolvidos.

Este método poderá significar “uma revolução no diagnóstico médico” semelhante à que significou a descoberta da sequência do genoma humano, afirmou o bioquímico e geneticista Ron Davis.

O processo consiste num sistema que usa microfluidos, eletrónica e impressão a jato: parte-se de um recipiente de silicone que pode conter células e de uma faixa eletrónica reutilizável, depois, a impressora de jato de tinta é utilizada para imprimir a faixa eletrónica numa lâmina de poliéster com uma tinta especial com nanopartículas.
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“Desenhámo-lo para não ser preciso ter instalações esterilizadas e pessoal treinado para o fabricar: Cada ‘chip’ pode ser fabricado em 20 minutos”, afirmou Rahim Esfandyarpour, o principal redator do estudo.

O “laboratório” pode ser usado para analisar tipos de células diferentes sem serem precisas etiquetas magnéticas ou fluorescentes normalmente usadas para as controlar.

É o próprio ‘chip’ que separa as células diferentes, tornando o processo mais preciso e rápido.

Casos de cancro poderão ser identificados detetando células que circulam na corrente sanguínea, por exemplo.