Tive relações sexuais com o meu pai!

20 Janeiro, 2016

Natasha Rose Chenier, é uma Canadiana que tem hoje 24 anos de idade, veio contar na primeira pessoa a sua envolvência sexual com o seu pai biológico. A mulher diz ter sido vítima do seu próprio desejo sexual. Descobriu mais tarde que a atração sexual era mútua, e quando deu por si já estava envolvida com o seu pai. Este caso não é único e existem imensos pelo mundo fora, é descrito na Psicologia como síndroma de Atracão Sexual Genética.

Ela conta que conheceu o seu pai biológico apenas com 19 anos, a idade com a qual a sua mãe tinha conhecido o seu pai, e quando ficou grávida. Acabou por se afastar do pai da filha. A jovem quis entretanto conhecer o verdadeiro pai, num grito de revolta contra a mãe que mantinha um casamento com um padrasto que, segundo escreve, lhe destruiu a auto-estima. “Quis encontrar um pai que me amasse incondicionalmente, que me protegesse”, escreve.

O pai da jovem vivia na Jamaica e ela conta que depois de conhecer o pai biológico se sentiu finalmente segura. Haviam muitas semelhanças entre os dois, gostavam de muitas coisas em comum. De repente tinha companhia. Era tão simples quanto isto. Tinha um pai de sonho, estava nas nuvens”.

Numa das visitas, Natasha começou a dormir na cama do pai, achava que era normal porque fazia-o com a mãe. Pra ela era uma coisa normal entre pai-filho. Mas começou a sentir-se atraída sexualmente pelo próprio pai. “Tive esperança que quando voltasse para casa o sentimento fosse embora. Mas não foi. Em vez disso, aumentou de intensidade”, recorda.

Foi na visita seguinte que descobriu que o sentimento era mútuo, depois de o pai o confessar. A jovem diz que tentou reprimir o desejo, assim como o pai. Mas acabaram por ceder e Natasha descreve a experiência como muito “real e intensa como nenhuma outra”. “O desejo sexual que tinha pelo meu pai fez-me sentir como se me tivessem lançado um feitiço obscuro”, escreve.

Natasha diz que o que se seguiu foi um período de culpa, vergonha e sentimento de impotência. “Fizemos sexo oral algumas vezes”, conta. A jovem diz que quis fugir antes dos actos, pedia ao pai para parar – o que ele fez – mas continuava a sentir um desejo incontrolável. “Tinha ataques de pânico todos os dias e sentia-me uma criminosa”.

Natasha Rose Chenier está a escrever um livro sobre o síndroma da atracção sexual genética, reconhecida na psicologia desde os anos 80 depois de uma terapeuta de um grupo de crianças adoptadas ter constatado atracção amorosa e sexual entre os progenitores biológicos e os filhos.